Já tive algumas experiências de trabalho fora daqui e agora que penso nisso, e que tenho tempo de sobra para pensar em tudo e mais alguma coisa, sei que fui muito feliz lá.
Fui muito feliz na Ilha Terceira apesar de na altura não me ter apercebido disso. Tinha uma turma horrível, um equilíbrio emocional muito pouco equilibrado, estava dependente demais das pessoas que deixei cá, e devido a estas razões todas não usufrui da aventura na sua plenitude. De qualquer maneira, esta experiência deixou a sua marca e de vez em quando dá-me uma saudade... saudade de viver sem stress; saudade de me sentir útil; saudade de sentir saudade; saudade de aturar miúdos completamente passados da cabeça e que me levaram, algumas vezes, quase quase ao limite; saudade de tomar conta de mim; saudade do tempo ameno; saudade das pessoas boas que me trataram como uma filha ou uma irmã; saudade de receber um ordenado; saudade de trabalhar e ter objetivos todos os dias; e saudades de comer o melhor queijo de sempre, o queijo vaquinha. (Estou na esperança que algum(a) Terceirence que venha cá no Natal me traga um queijinho destes. Só de pensar já estou a babar.)
Angra do Heroísmo - 2012 |
Também fui muito feliz no Luxemburgo (ainda mais do que na Ilha Terceira). Na altura já me apercebi um pouquinho de que aquilo era do melhor, apesar de não querer dar o braço a a torcer quando a minha mãe dizia que o Luxemburgo é o melhor sítio para se viver. Não é o melhor sítio, pessoalmente e desde sempre acho que o meu lugar é aqui, na minha querida Vila, e este sim é o melhor lugar para se viver. Mas, nos dias que correm, sem trabalho, sem perspetivas de emprego para laaaargos anos, o Luxemburgo torna-se, provavelmente, num dos melhores sítios para se viver (por enquanto).
Para além de ser o país de onde sou natural, tenho lá a minha família materna toda, que apesar de todos os delírios, é a minha família e eu gosto muito de todos. Nos quatro meses em que lá estive não podia ter sido mais bem recebida. Família e toda a gente que conheci foram absolutamente fantásticos, destacando-se a minha amiga, a companheira. Para além da maravilhosa experiência pessoal que foi, a experiência profissional foi a melhor que podia ter (a melhor que podia ter!!!): alunos queridos, queridos; respeitadores; simpáticos; inteligentes; esforçados; e verdadeiros...uma verdade doce e divertida, genuína. E é deles que tenho mais saudades. E é por eles que eu fui mesmo muito feliz no Luxemburgo.
Gostava taaanto de voltar. Gostava de lá viver. Gostava de trabalhar lá e de receber o ordenado lá. Gostava porque fui feliz e voltava a ser. Tenho saudades daquilo.
Diekirch - 2011 |
3 comentários:
eu também fui muito feliz na terceira e no luxemburgo, bora lá outra vez!! :)
Esses convites não se fazem :)
É bom tirarmos uma lição das nossas experiências...por vezes as coisas são difíceis e não vemos qualquer lição a tirar, mas mais tarde apercebemo-nos que afinal podemos aprender alguma coisa com o que nos aconteceu.
Não desanimes...a tua vez ade chegar e a tua oportunidade ade surgir...ainda te vão chamar. Se não somos nós acreditar quem será?
Força :D.
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