E foi há uns dias que festejaste o teu aniversário, outra vez sem mim. Já lá vai um tempão, quando dormíamos bem aconchegadinhas na tua mini-cama, depois de irmos dançar a festejar o teu aniversário como se fossemos pessoas grandes.
Este ano, como em todos os outros, lembrei-me das tuas 25 primaveras e doeu. Doeu saber que não vou estar contigo em mais um dia teu, doeu por perceber que neste momento não sei nada de ti, e doeu anda mais por saber que a culpa disto é mais minha do que nossa.
Bastou enviar-te uma mensagem e receber a tua resposta, para perceber que apesar de tudo, somos a mesma pessoa uma com a outra. Fomos as melhores amigas, a única que tive de verdade, eramos inseparáveis, a minha casa era a tua casa e vice-versa. Fomos cada uma para seu lado, tomamos rumos de vida diferentes, mas aí continuamos juntas, sempre. Foi preciso a minha vida dar uma volta maior para nunca mais nos vermos. Continuamos a morar a 10 km de distância, continuamos a usar o mesmo número de telemóvel, o mesmo e-mail... e nunca mais nos vimos. Na altura não fui forte o suficiente para não misturar alhos com bugalhos e tu também não.
É por isso que há este sentimento...meio de culpa, meio estúpido. Não havia necessidade.
Sempre fui a irmã mais velha, mais certinha...tu a doida, que me punhas em choque com confissões inesperadas. Eu ouvia muito e falava pouco, tu...falavas muuuuuuito e ouvias o suficiente para eu me sentir ouvida. Sabia que estavas sempre lá e o contrário também, apesar de seres uma destrambelhada que demonstrava não ter sentimentos. E é disto tudo que eu tenho saudades, de poder contar com a nossa amizade, de poder ouvir as tuas maluqueiras, de me rir perdidamente e gozar contigo. Tenho pensado em convidar-te para um lanchezito. Não vai ser fácil depois destes anos todos, mas sei que vai correr bem. Sempre correu. Sei que nada voltará a ser como foi, já não é possível depois de tanta distância, mas a verdade é que me fazes falta, fazes mesmo.
Às vezes, é isto:
0 comentários:
Enviar um comentário